Um paraibano nos Direitos Humanos e a quebra de um clichê – Heron Cid
Opinião

Um paraibano nos Direitos Humanos e a quebra de um clichê

3 de janeiro de 2019 às 12h36 Por Heron Cid
Sérgio Queiroz é mais do que teórico ou ativista; é um praticante - devotado e diário - dessa causa

Sérgio Queiroz será secretário nacional de Proteção Global, um nova identidade para a Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, sob o Governo Jair Bolsonaro.

Procurador nacional da Fazenda, técnico, portanto, e pastor evangélico, Sérgio é a Paraíba no Planalto.

E em cargo emblemático num cenário em que os Direitos Humanos nunca estiveram tanto em debate.

Com essa nomeação, Jair Bolsonaro, o presidente da República, quebra um tabu.

Porque o nomeado não veste o figurino clichê dos militantes da área, geralmente pessoas com atuação nos movimentos sociais e ong’s e igualmente dedicadas às bandeiras que abraçam.

Nem é teórico, nem ativista do setor.

Sérgio Queiroz é mais do que esse script. É um praticante – devotado e diário – dessa luta.

Na Cidade Viva, Igreja e instituição que preside, Queiroz cumpre, sem alarde, esse papel. Mais do que palavras e retórica, age.

Pelas mãos dele e de tantos voluntários, a Cidade Viva abriu centro de tratamento de dependentes químicos, tem núcleo de atendimento comunitário, apoia pessoas em situação de abandono, tem um trabalho na educação de surdos e mudos, promove assistência em hospitais, abrigos e presídios, assiste às crianças abandonadas e em hospitais, atua na inclusão do trabalho com cursos profissionalizantes, escolinha de futebol, arregimenta profissionais de nutrição, pedagogia, assistentes sociais, psicólogos, médicos, enfermeiros…

Tudo sem um centavo sequer de financiamento com dinheiro público.

A lista é grande. E é só a de serviços comunitários e gratuitos. Nem precisa citar a Faculdade e a Escola, braços educacionais, que também exercem função educativa relevante.

A escolha dele para o cargo, ligado ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, deve ser festejada na Paraíba. Ou deveria.

Não somente porque prestigia o Estado através de um dos seus filhos.

Mas pela qualidade do escolhido e por tudo que ele representa para João Pessoa.

É uma (feliz) escolha para ser enaltecida. E acima de partidos e religiões. É o cidadão e sua prática que fazem por merecer.

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