Gervásio Maia: o que o pai diria ao filho – Heron Cid
Bastidores

Gervásio Maia: o que o pai diria ao filho

2 de agosto de 2017 às 15h34
Presidente da Assembleia, Gervásio Maia

Pelo o estilo sóbrio, dificilmente o presidente da Assembleia, Gervásio Maia, promulgará projeto aprovado pela Casa que homenageia seu pai, Gervásio Maia, com o nome do Parahyba Palace, edifício histórico, e agora administrativo, anexado à Casa na atual gestão.

Se pudesse aconselhar o filho, ex-presidente Gervásio Maia, já falecido, seria o primeiro a emitir parecer contrário. Em vida, Gervasão era discreto e pouco afeito às vaidades. Traço de sua personalidade que lhe fez um dos políticos mais sérios e admirados do Estado.

A lembrança do deputado Tião Gomes (PSL) é mais do que merecida e justa. Deve ter sido motivada pela melhor e mais nobre das intenções em reconhecimento a um homem de estatura e capacidade elevada.

Apenas, pelo momento, é inoportuna. Fica parecendo um ato de personalismo, mesmo que não seja.

Por esse contexto, ao invés de afagar, a iniciativa dos colegas constrange o atual presidente Gervásio Maia – que tem o pé no chão e a espinha ereta.

Pois, como filho e admirador, ele sabe que a memória/história do pai – sua fonte de inspiração – é muito maior do que uma placa num prédio alugado.

Ninguém admire, portanto, se Gervásio engavetar o projeto e se recusar a colocar sua assinatura na promulgação. Pedindo vênia aos colegas, com a maior delicadeza e gratidão do mundo.

De onde estiver, Gervásio, o pai, se sentirá muito mais homenageado pelo ato de recusa do filho.

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