O 'fenômeno' Arapuan; o 'case' João Gregório – Heron Cid
Opinião

O ‘fenômeno’ Arapuan; o ‘case’ João Gregório

11 de junho de 2017 às 08h50 Por Heron Cid
João Pereira de Moura Neto, a visão que fez de uma rádio um grande sistema de comunicação

Antes mesmo de pertencer aos seus quadros, já identificava no Sistema Arapuan uma característica que chama atenção do mercado. Mesmo sendo o mais jovem dos grupos de comunicação no Estado, a empresa consegue pautar o noticiário, pontificar fortemente na opinião pública e polarizar de frente com a concorrência.

Os últimos números do Ibope no rádio e na televisão confirmam. A TV Arapuan já é a terceira colocada geral na audiência. E o que significa isso? Significa que aqui na Paraíba a retransmissora da Rede TV – a última no Ibope Nacional – deixa para trás as afiliadas do SBT e da Band e faz calor no cangote de Globo e Record.

E não é só isso. Nos programas locais, a TV Arapuan briga, no jornalismo matutino, pelo topo. O Tribuna Livre, de Nilvan Ferreira, é sucesso absoluto de audiência, e faz boa disputa com o tradicional Bom Dia Paraíba. Outras atrações (entretenimento, policial e política) da casa estão invariavelmente dentro do trio dos mais assistidos.

No rádio, a emissora alcançou o primeiro lugar geral (segunda à sexta), depois de anos seguidos de dianteira da sua principal concorrente. E todos os programas de radiojornalismo – que já polarizavam – assumiram a posição de liderança na preferência dos ouvintes.  Das 5h da manhã até às 18h.

A Arapuan, antes restrita a João Pessoa, deflagrou intenso processo de interiorização e já constituiu rede e presenças em Campina Grande, segunda maior cidade do Estado, na pujante Patos e sua gigante região das Espinharas, até chegar ao extremo oeste da Paraíba, Cajazeiras e seu pólo de influência no Alto Piranhas.

Quando somados todos os fatores, facilmente chega-se à serena conclusão de que o conglomerado de veículos construído pelo sertanejo de Jatobá, João Pereira de Moura Neto, como gosto de chamar João Gregório, é um caso sui generis em terras paraibanas.

A própria história de João é um capítulo à parte. Saído de São José de Piranhas, encravada no Sertão, ele superou descrenças e removeu barreiras na sua empreitada para erguer, pacientemente, tijolo a tijolo, um grupo sólido e de reconhecida influência estadual na Comunicação do seu Estado.

Coisa para quem tem tino para os negócios, fé e coragem para enfrentar, sem se render, aos sacolejos da dura jornada de empreender num País que é um convite à zona de conforto e acomodação pelas vias das ‘estabilidades’.

Com ele, eu, que enveredei neste trilho, em proporção bem menor e ainda em fase de semeadura, aprendo a cada dia. A cada gesto de simplicidade, paciência e reconhecimento.

Por tudo, é preciso tirar o chapéu, duplamente. Para o CNPJ do fenômeno Arapuan. E para o CPF do líder desbravador. Duas histórias inspiradoras em um Brasil em que as falências crescem na velocidade do galope de 12%.

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