Ricardo já tem o discurso para 2018 – Heron Cid
Opinião

Ricardo já tem o discurso para 2018

2 de abril de 2017 às 11h37 Por Heron Cid
Governador já tem na ponta da língua o verbo contra adversários; resta saber se são os alvos certos

Passado versus presente. É por aí o discurso que o governador Ricardo Coutinho já ensaia para embasar o conceito de sua sucessão estadual, quando o ano de 2018 chegar.

Nas últimas solenidades oficiais, Ricardo não dispensa uma pregação do que a Paraíba foi e passou a ser depois de sua posse no Governo do Estado.

Esse marco temporal sempre vem acrescido de uma sentença: o passado ele caracteriza como uma quadra de demagogia e promessas falsas.

Nos adversários, Coutinho carimba a pecha de uma casta política que só trabalhou para “arrumar a família”, para cuidar dos seus interesses pessoais ou de grupos. Sinteticamente, resumidos a “o atraso”.

O presente – no script do governador – é um período de prosperidade, transformações e realizações.

Passado, no dicionário ricardista, tem nome: os senadores Cássio Cunha Lima e José Maranhão, com quem já se aliou em tempo não tão pretérito assim.

Como frase de efeito, o mote de Ricardo parece ser eficiente porque estigmatiza seus adversários de hoje.

Isso, o socialista tem conseguido imprimir com alguma competência e feito prevalecer a sua concepção em setores da sociedade paraibana.

Ele vai tentar levar essa dicotomia ao máximo na eleição de 2018, ocasião em que pretende convencer o eleitor a “avançar” e não “retroceder”.

Só tem um detalhe: tudo levar a crer que não enfrentará Cássio e Maranhão, alvos da sua pregação, mas gente como Luciano Cartaxo ou Romero Rodrigues.

Ambos representantes de um novo ciclo e recém-egressos das urnas com passaporte verde das duas principais cidades do Estado.

Aí, restará a Ricardo associar e tentar reduzir os dois – donos de perspectiva de futuro – a meros apadrinhados do ‘passado’.

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